Elche (Espanha), 6 jul (EFE).- Um tratamento pioneiro baseado na interação com leões marinhos será testado em crianças com transtornos psiquiátricos e autismo e adultos com esclerose múltipla.
A terapia experimental segue a linha de pesquisas científicas que demonstram a melhora da qualidade de vida dessas pessoas através de encontros com animais, como os já comprovados com golfinhos.
A Fundação Río Safari realiza a primeira edição do Tratamento Assistido com Otariídeos (TAO), que será desenvolvido nos meses de julho e setembro em Elche, no leste da Espanha.
Os participantes do tratamento são crianças autistas e com paralisia cerebral que trabalharam previamente com o grupo de pesquisa da Fundação Río Safari, assim como adultos da Associação de Esclerose Múltipla de Alicante (Adema).
"Estamos recebendo mais propostas de outras associações para continuar o projeto" no próximo ano, disse à Agência Efe a psicóloga da Fundação Río Safari, Silvia Sebastián.
Os resultados finais só serão analisados a partir de outubro, mas Sebastián disse que já é possível notar "uma melhora da motricidade, do equilíbrio e da coordenação", além das próprias vantagens do "fim lúdico e educativo".
O trabalho começa atividades de mobilidade e relacionamento, para depois passar para brincadeiras com dois leões marinhos treinados para o tratamento, Aragón e Curro, ambos de cinco anos de idade.
Sebastián disse que o tratamento precisou de um ano de preparação, pesquisa e treinamento dos animais, a partir de anos de modificação de conduta.
O grupo de pesquisa está desenvolvendo outros programas similares, entre eles uma fazenda educativa e um tratamento com uma elefanta, dos quais também participam grupos de crianças autistas e com paralisia cerebral.
Fonte: Noticias Uol
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